Em 2024, o IPG lançou a primeira edição do Prêmio Paulo Gontijo para Futuros Cientistas, uma iniciativa que celebrou a promissora parceria entre o IPG, a Ilum – Escola de Ciência e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Os dois trabalhos premiados em 2024 são:
Título: Análise dos fatores de virulência advindos de clusters gênicos biossintéticos dda microbiota do leite humano e sua influência na saúde materna e neonatal
Alunas: Barbara Da Paixão Perez Rodrigues, Monyque Karoline De Paula Silva, Paola Ferrari
Colaboradoras: Sarah Peixoto Rodrigues Freire, Eduarda Veiga Carvalho
CNPEM: Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.
Este estudo busca responder à seguinte questão: Como a microbiota do leite humano interfere na microbiota intestinal dos bebês nas diferentes fases da amamentação?
Para isso, foram aplicadas técnicas de aprendizado de máquina (machine learning) e análise de sequenciamentos genéticos disponíveis em bancos de dados públicos. Os resultados revelaram uma correlação entre a virulência associada a Clusters Gênicos Biossintéticos (BGCs) e fatores de virulência presentes na microbiota intestinal dos bebês, abrindo novas possibilidades de pesquisa na área. Além disso, o estudo permitiu explorar o leite humano sob as perspectivas biológica, antropológica, computacional e social, conectando esses olhares para produzir resultados mais representativos da realidade de cada mulher.
Título: Estudo da epidemiologia matemática da tuberculose no Brasil
Alunos: Vitor Eduardo Girotto Barelli, Tiago Marques Bigardi
Colaboradores: Ana Clara Batista Loponi, Felipe Dos Santos Minatoga
Este estudo buscou responder à seguinte pergunta: É possível prever futuras epidemias de tuberculose no Brasil a partir da dinâmica da doença modelada matematicamente?
A pesquisa analisou o impacto de variáveis socioeconômicas na propagação da tuberculose, levando em consideração indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a densidade populacional e a efetividade do Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes regiões do país. Os resultados apontam para uma realidade contrastante: enquanto regiões com alta densidade populacional, como o Sudeste, tendem a controlar melhor surtos da doença, outras com menor densidade, como o Norte, registram maior incidência de casos, reflexo da menor efetividade dos serviços públicos de saúde locais. Essas descobertas abrem caminho para estratégias mais direcionadas de prevenção e controle da tuberculose no Brasil.